PSICOLOGIA E PSICANÁLISE
- Enquadre analítico com recorte metodológico a partir da escola de psicanálise lacaniana
- Graduada pela PUC-SP e em formação contínua no Fórum do Campo Lacaniano /SP
- Manejo no cuidado da saúde mental
- Atendimento para jovens e adultos
- Flexibilidade de horários
Minha abordagem terapêutica busca construir condições, a partir da escuta, para que você possa perceber, elaborar e entender sentimentos de insegurança, ansiedade, estresse, medos, frequentemente presentes na vida.
Na análise, investigamos inseguranças, preocupações e seus desdobramentos menos óbvios. Olhamos e construímos caminhos para a sua implicação subjetiva, naquilo que lhe faz sofrer. Essa exploração promove autoconhecimento e crescimento emocional significativo.
Estou aqui para proporcionar um ambiente seguro, sustentado por uma ética clínica, onde você pode explorar seus pensamentos e emoções sem restrições, escutando o que diz. Nosso objetivo é fortalecer relacionamentos saudáveis, promover autoconhecimento e recursos afetivos, para que você possa desfrutar de uma vida mais “plena” ou ao menos um tanto mais leve e gratificante.
A psicanálise no cotidiano
Memórias
"O inconsciente não é perda de memória. É não se recordar daquilo que se sabe"
J. Lacan (1968)
Afetos
"A razão pela qual o amor é tão doloroso é que sempre equivale a duas pessoas querendo mais do que duas pessoas podem dar"
S. Nunez (Os vulneráveis)
Potências
"Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai. Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas"
M. de Barros (Biografia do Orvalho)
SOBRE
Priscila Figueredo
Sou formada em psicologia pela PUC-SP. Atualmente faço formação em Psicanálise pelo Fórum do Campo Lacaniano de São Paulo (FCL-SP). A formação em psicanálise é um processo contínuo de pesquisa, implicação e compromisso ético e estar em pesquisa é somente um dos elementos importantes nesse percurso.
Além do compromisso com o consultório particular, por mais de uma década fui psicóloga no SUS, atuando em Centro de Atenção Psicossocial infantojuvenil (CAPS IJ), Centro Especializado em Reabilitação III (CER com referência de cuidados para pessoas com deficiências físicas, intelectuais e auditivas – realizando acompanhamento psicológico também em LIBRAS – Língua Brasileira de sinais), atuei em equipe de NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família na Atenção Primária. Fui coordenadora de saúde mental e de Comitê Intersetorial de Saúde Mental do município de Marmeleiro, Paraná.
Atuo com atendimentos online, com agenda e horários flexíveis. Além disso, atendo presencialmente em clínica particular localizada no bairro do Tatuapé em São Paulo.
BLOG
O que se escuta na análise?
Quais as diferenças entre escutar clinicamente e escutar habitualmente? O que ouço no setting analítico que distingue essa cena de outras fora do setting? A analista, a que escuta na cena clínica, não se põe em jogo, apesar de ser peça fundamental. Pensando em um jogo de xadrez, a analista poderia ser o tabuleiro. Não está nesta cena em dinâmica, deve estar suspensa enquanto sujeito, abrir mão, respeitosamente de suas impressões mais ligeiras, para que seus ouvidos ouçam para além de si, para além do que conhece ou lhe faz sentido, escutar sem querer completar o que se escuta. Ouvir verdadeiramente o que o paciente diz e que nem ele sabe que sabe sobre si mesmo. Me lembro de um dos primeiros atendimentos a uma analisante, no qual, ao suspender as minhas primeiras impressões imaginárias e buscar ouvi-la, seus silêncios, suas pausas, suas trocas de palavras e a sequente tentativa de corrigir, ouvir as palavras que se repetiam no discurso, as que eram omitidas ou trocadas, enfim, ao adiar a minha tentativa de compreensão imediata, notei que tinha algum efeito. Mesmo ainda insegura, sendo início da escuta clínica, mesmo sem ainda saber o que fazer com o que testemunhei na fala da paciente, “apenas” a prática pura e nada simples da escuta mais genuína, produziu efeito. Sim, aquela pessoa sabia que estava sendo escutada como nunca antes. Algo pode ecoar da própria voz. A analista deve ouvir fora do hábito, do modo convencional que é por essência, egóico, narcisista, imaginário e não há nada de errado ou ruim nisso, quando fora da cena clínica, em um setting analítico, no entanto, o que deve predominar não é o significado, o sentido do que foi dito, mas o que se oculta nele. Nossa tentativa constante de dar sentido ao que ouvimos “é tal, que o ouvir em si desaparece na busca pelo significado” (Fink, 2017, p.43). E ao ouvir assim, ficamos apenas com as nossas próprias impressões, enquanto o paciente sucumbe a nossa frente. Tendo em vista que “o próprio fundamento do discurso inter-humano é o mal-entendido” (Lacan, 2008, p. 192) escutar com a pressa em entender (ou seja, projetar sentidos) é frustrar a tarefa desde o princípio. Escutar tentando entender é se não, escutar a si mesmo. E isso podemos fazer sem pudor, nas conversas com os amigos, em uma “relação dual”. O Setting se quer diferente, se quer outra aurora. A paciente em questão segue comigo ainda hoje. Sua fala mais perspicaz, minha escuta mais afinada. Assim a escuta no estado da ‘atenção flutuante” segue em avanço no próprio exercício que é a sua prática. “A prática clínica implica em longo (e contínuo) processo de aprendizagem” (Fink, 2017, p. 46) e aos corajosos, é uma epopeia maravilhosa!
Perguntas Frequentes
Não. Há uma falsa ideia de que a Psicoterapia deve ser iniciada apenas no momento em que estamos em sofrimento. Trata-se de um equívoco. Por ser um momento de reflexão e autoconhecimento, a psicoterapia é indicada em diferentes momentos da vida, seja para entender nossas escolhas, seja para construir espaços de reflexão sobre questões que estão nos incomodando.
Não existe um tempo ideal. São inúmeras as variáveis que vão indicar por quanto tempo o processo terapêutico irá ocorrer. O mais importante a saber é que isso será acordado entre o psicoterapeuta e o paciente, sendo que ambos têm a liberdade de decidir o melhor momento de encerrar a terapia.
Mesmo antes do contexto da pandemia da Covid 19, a prática da psicoterapia online já era bastante comum. Cabe ressaltar que se trata de prática regulamentada pelo Conselho Regional de Psicologia e que precisa seguir todos os procedimentos também regulamentados no atendimento presencial. O mais importante é saber que a relação individual e sigilosa entre terapeuta e paciente é plenamente garantida também no atendimento online.
Na psicanálise lacaniana, a linguagem (a fala, a língua) é vista como fundamental para o processo analítico. A língua materna carrega aspectos culturais, históricos e emocionais que influenciam nossa forma de pensar e sentir, sendo fundamental na investigação dos significados simbólicos e na compreensão de si.